Importação de produtos: como funciona e como fazer?
A importação de produtos é o processo de trazer mercadorias estrangeiras para o território nacional, seguindo as normas e os impostos estabelecidos pelo governo.
Muitas empresas importam e exportam produtos para vender no Brasil e precisam seguir algumas etapas para que todo o processo ocorra da melhor maneira possível.
Quer saber como ele funciona? Quais são os seus tipos? Como fazê-lo de maneira correta e evitar contratempos?
Neste artigo, responderemos a todas as suas perguntas e explicaremos tudo sobre o assunto!
Como funciona a importação de produtos?
A importação faz parte das relações internacionais, pois exporta de países, como a China e os Estados Unidos, ao mesmo tempo que faz a importação de produtos para eles. Isso faz com que mais dinheiro seja injetado na economia do Brasil.
Para você ter uma ideia, a China tem 22,6% de participação na importação do Brasil, enquanto os EUA possuem 18,8% de participação.
Existem diferentes formas de importar produtos, dependendo do tipo, da quantidade e da origem das mercadorias.
Independentemente da forma de importação escolhida, é preciso pesquisar o mercado externo e identificar fornecedores e produtos potenciais, além de conferir os requisitos legais e tributários para importar os produtos desejados.
Também é preciso providenciar o seguro internacional das mercadorias, acompanhar o embarque e o transporte dos produtos até o destino final, receber os documentos de embarque e verificar sua conformidade.
É importante destacar que é necessário registrar a declaração no Siscomex e pagar os impostos e taxas devidos, obter o desembaraço aduaneiro e a liberação das mercadorias, bem como conferir as mercadorias recebidas e emitir a nota fiscal de entrada.
Explicaremos mais sobre isso no decorrer do artigo. Por isso, continue lendo para não perder nenhuma informação importante, ok?
Quais os 3 tipos de importação?
Existem 3 tipos principais de importação: a direta, por conta e por encomenda.
Explicaremos cada um delas a seguir:
direta: é realizada pelas empresas que são o consumidor final do produto. Assim, elas que tratam todo o processo com os fornecedores, documentos, transporte de carga, por exemplo;
por conta: é quando uma empresa terceira é contratada para cuidar dos processos de liberação aduaneira da mercadoria;
por encomenda: o importador compra os produtos de um fornecedor estrangeiro para revendê-los a um cliente nacional que já fez o pedido antecipadamente.
8 etapas para fazer a importação de produtos
Trabalhar com importação de produtos pode ser uma ótima oportunidade de negócio, mas também envolve alguns desafios e cuidados. Por isso, é importante seguir alguns passos para garantir que tudo saia conforme o planejado. Vamos lá?
1. Estude sobre as normas de importação
É fundamental que antes de fazer a importação de produtos você saiba sobre as suas normas.
Existem diferentes tipos de importação, como explicamos anteriormente (direta, por conta e por encomenda).
Além disso, é preciso saber quais são os órgãos responsáveis pela fiscalização e liberação das mercadorias, como a Receita Federal, o Ministério da Agricultura, a Anvisa e o Inmetro.
Também deve estar atento às exigências sanitárias, ambientais e técnicas que podem variar de acordo com o produto e o país de origem.
2. Habilite-se no RADAR
O Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (RADAR) é a habilitação necessária para realizar importação e exportação no Brasil perante a Receita Federal.
Ela é o acesso ao Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), que é o sistema informatizado que controla as operações de comércio exterior no Brasil.
O RADAR pode ser solicitado por pessoas físicas ou jurídicas que desejam realizar operações de importação ou exportação.
Existem diferentes modalidades de habilitação, como a limitada, a ilimitada e a especial. Cada uma delas tem seus próprios requisitos e limites de valor para as operações.
3. Faça a adequação ao novo processo de importação
O novo processo é baseado no Portal Único de Comércio Exterior, que é uma plataforma online que integra os diversos órgãos envolvidos na operação. Ele permite que o importador faça o registro da sua operação por meio da Declaração Única de Importação (DUIMP).
Ela pode ser preenchida antecipadamente ou no momento do despacho aduaneiro, dependendo do tipo de importação.
4. Busque por fornecedores confiáveis
Encontrar fornecedores renomados e confiáveis, que ofereçam produtos de qualidade, além de entender sobre o processo de importação e exportação, é fundamental para o sucesso da empresa.
Por isso, é importante colocar a prospecção dos fornecedores como uma etapa essencial na hora de fazer uma importação de produtos.
Assim, pode fazer uma pesquisa na internet, participar de feiras e eventos internacionais, consultar câmaras de comércio e associações setoriais ou contratar um agente de compras no exterior.
5. Atente-se às taxas de câmbio
A variação das taxas de câmbio influencia diretamente na importação de produtos. Como os produtos são comprados em moeda estrangeira, é preciso estar atento às flutuações do mercado financeiro e aos riscos cambiais.
Uma forma de se proteger desses riscos é fazer um contrato cambial com um banco ou uma corretora, que consiste em travar uma taxa de câmbio para uma data futura.
Assim, você garante que vai pagar ou receber o valor acordado, independentemente da cotação do dia.
6. Faça a emissão das notas fiscais
É preciso fazer emissão de notas fiscais referentes à operação.
A primeira nota fiscal é a nota fiscal de entrada, que deve ser emitida antes do embarque da mercadoria no país de origem. Ela comprova a entrada dos produtos no seu estoque e para calcular os impostos incidentes na operação.
A segunda nota fiscal é a nota fiscal de venda, que deve ser emitida quando você vender os produtos importados para os seus clientes. Ela comprova a saída dos produtos do seu estoque e para calcular os impostos incidentes na venda.
7. Analise as questões logísticas
É essencial analisar as questões logísticas em um processo de importação de produtos, que envolve o transporte, o seguro e o armazenamento das mercadorias.
Para isso, é preciso definir qual é o melhor meio de transporte para os produtos, ou seja, marítimo, aéreo ou rodoviário. Além disso, é preciso definir qual é o melhor tipo de embalagem e escolher qual é o melhor tipo de seguro.
Além de tudo isso, você também precisa contratar um despachante aduaneiro, que é um profissional especializado em lidar com os trâmites burocráticos da importação.
8. Avalie a contratação de uma empresa intermediária
Uma empresa intermediária pode ajudar você em todas as etapas. Pois, ela é especialista nos processos que envolvem a importação de produtos.
Assim, pode auxiliar na documentação, no pagamento de impostos e no enquadramento tarifário.
Existem diferentes tipos de empresas intermediárias no mercado, como as empresas comerciais exportadoras (ECEs) e as empresas comerciais importadoras (ECIs).
Cada uma delas tem suas próprias vantagens e desvantagens em termos de custo-benefício, responsabilidade legal e flexibilidade operacional.
Por isso, é importante encontrar um profissional qualificado e com anos de experiência no setor.
As principais dúvidas sobre o processo de importação de produtos
Você já entendeu como funciona a importação de produtos e como fazê-la, não é mesmo? Para esclarecer ainda mais, separamos as principais perguntas e respostas sobre o assunto. Vamos lá?
Como importar produtos dos EUA?
Importar produtos dos EUA pode ser vantajoso, ainda mais porque os produtos comercializados no exterior costumam ter preços mais baixos do que no Brasil.
No entanto, é importante fazê-la de maneira correta e evitar problemas.
Para isso, o primeiro passo é escolher os produtos e fazer uma análise dos valores, disponibilidade do mercado e a demanda no Brasil. Após isso, pesquise sobre os fornecedores que tenham credibilidade e produtos de qualidade.
Como mencionamos anteriormente, para importar produtos, é preciso ter a habilitação de importador. Por isso, solicite o RADAR pela Siscomex.
Não se esqueça de verificar os tipos de fretes dos Estados Unidos para o Brasil, para verificar se é viável, seguro e barato para transportar o produto.
É importante destacar que para providenciar tudo isso, a ajuda de uma despachante aduaneiro ou agente de cargas pode ser fundamental. Assim, ele prepara e assina todos os documentos referente ao despacho aduaneiro dos seus produtos.
Como fazer a importação de produtos da China?
O processo de importação de produtos da China é o mesmo que o dos Estados Unidos e que explicamos no tópico anterior.
Normalmente, o país é uma opção muito procurada para importar produtos baratos e ter mais lucro com as vendas.
Qual a taxa de importação para produtos eletrônicos?
A alíquota do imposto de importação para produtos eletrônicos é de 60%. A taxa está regulamentada na Portaria MF 156/99 em seu artigo 1º.
Assim, o valor da tributação não pode ser maior que 60% do valor, nem ultrapassar US$3.000,00 ou o equivalente em outra moeda.
Ela é cobrada em cima do valor total da compra, ou seja, entram no cálculo o preço do produto, o custo do frete e o seguro, se houver.
Além da taxa, também é possível ter que pagar outros impostos, como o ICMS, o PIS e o COFINS, dependendo do estado onde você mora e da forma de envio.
Por isso, antes de comprar produtos eletrônicos do exterior, é importante fazer uma pesquisa e calcular todos os custos envolvidos para ver se vale a pena.
Qual o valor do imposto sobre importação de produtos estrangeiros?
As importações por pessoas físicas não podem ultrapassar US$ 3 mil por operação, como mencionamos no tópico anterior.
Assim, até US$ 500, o imposto é simplificado e corresponde a 60% da compra, incluindo o valor do produto e de eventuais taxas de frete e de seguro.
Já se ultrapassar e ficar de US$ 500 a US$ 3 mil, também incide o Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), administrado pelos estados, e uma taxa de despacho aduaneiro de R$ 150.
Além disso, imposto de produtos importados é calculado aplicando uma alíquota (percentual) sobre o valor aduaneiro da mercadoria, que é a soma do valor do produto mais o custo do frete e do seguro.
Também pode ser incluído outros tributos sobre a operação, como o IPI, PIS, COFINS e o ICMS.
Esses tributos são calculados sobre o valor aduaneiro da mercadoria mais o imposto sobre importação. Portanto, o valor final do imposto pode variar bastante, dependendo do caso.
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Agora que você aprendeu sobre como importar produtos e o que precisa para fazer uma importação, que tal conhecer um sistema PDV que pode auxiliar no controle do estoque dos seus produtos?
O Eleve Vendas pode fazer o controle total do seu estoque e evitar desperdícios, além de avisar os produtos que precisam ser renovados.
Com ele, você consegue saber quais são os produtos mais vendidos e criar campanhas personalizadas para oferecê-los.
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Conclusão
Neste conteúdo, você entendeu como fazer importação de produtos de maneira correta e evitar penalidades e como ela funciona.
Além disso, respondemos as principais dúvidas sobre importar produtos dos Estados Unidos e da China.
*Conteúdo Blog TOTVS.
